A piscicultura brasileira alcançou um marco sem precedentes entre janeiro e março de 2025 ao registrar exportações de US$ 18,5 milhões, consolidando o melhor resultado trimestral da história do setor. Esse desempenho representa um crescimento de 112% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o valor exportado havia sido bem menor. Em termos de volume, o setor também obteve expressiva evolução, com 3.938 toneladas de pescado comercializadas internacionalmente, o que implica um aumento de 89% frente ao primeiro trimestre do ano anterior. 126d4d
A tilápia foi a grande protagonista desse recorde, respondendo por 92% do total em valor das exportações, ou seja, cerca de US$ 17 milhões, distribuídos em 3.455 toneladas do pescado. Em termos lúdicos, equivaleria a encher aproximadamente 72 mil carrinhos de supermercado, considerando-se uma média de 50 kg por carrinho.
Outros destaques: expansão de peixes nativos
Espécies nativas também ganharam relevância nas exportações brasileiras. O curimatá alcançou US$ 580 mil, com crescimento de 333%. O tambaqui exportou US$ 479 mil e o pacu teve alta percentual expressiva, embora partindo de base reduzida em 2024, com valor de apenas US$ 2.432
O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, atribui os resultados históricos às ações integradas do governo federal, destacando a abertura de novos mercados internacionais, o avanço no licenciamento ambiental e em projetos de cessão de uso de águas da União, além do fortalecimento da segurança jurídica aos produtores. “As medidas estruturantes implementadas em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária foram fundamentais para consolidar o crescimento da piscicultura com sustentabilidade e regularidade”, declarou o ministro.
O desempenho extraordinário obtido no primeiro trimestre de 2025 reforça não apenas o potencial competitivo da piscicultura brasileira, mas também a eficiência de políticas públicas que estimulam a modernização, inovação e diversificação da atividade aquícola. A trajetória sugere tendências positivas para ampliação de mercados e consolidação do Brasil como referência mundial em produção sustentável de pescado de cultivo.
Texto: Júlia Martim
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